Salvamento Marítimo e Aquático

           "Salvamento Marítimo e Aquático"

- SALVAMENTO MARÍTIMO 

A história do Salvamento Marítimo no Estado de São Paulo está ligado à criação do Corpo de Bombeiros de Santos, em 20 de fevereiro de 1890. 

Em 14 de dezembro de 1921, José Martiniano de Carvalho, Capitão Comandante do Corpo de Bombeiros de Santos, propôs à Câmara Municipal de Santos, em seu relatório, a criação de um Posto Marítimo, como transcreve a seguir: 

“Além do nosso serviço terrestre, há urgência em se estabelecer um Posto Marítimo, em local que a Prefeitura achar mais conveniente, a fim de se poder atender, de pronto, não só a incêndios a bordo de navios e no porto, como a sinistros no mar e na faixa litorânea”.

Ainda na década de vinte, foram estabelecidos postos de Salvamento na orla das praias de Santos, desde o José Menino até a Ponta da Praia.

Em 1947 a antiga Força Pública do Estado de São Paulo passou a ser o Corpo Municipal de Bombeiros.

Em 1949, o então Sargento Estevam Tork, com mais quatro Sargentos, foram designados para assumir os cinco Postos de Salvamento existentes.

Em 1960, o Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo enviou ao Rio de Janeiro representantes do Serviço de Salvamento Marítimo de São Paulo, com a finalidade de aperfeiçoar e adquirir tecnologia de salvamento no mar.

- Mergulho e Escafandria - 1° Curso/65

Em março de 1965 dezessete praças e dois oficiais foram treinados para utilizarem os equipamentos e dotados de conhecimentos técnicos de mergulho disponíveis na época, realizando a primeira preparação adequada para efetuar buscas e atender ocorrências de pesquisa de afogados, além de toda a sorte de acidentes no meio líquido.

- REPRESA GUARAPIRANGA 

Inicialmente conhecida por Represa de Santo Amaro, a Guarapiranga teve sua construção iniciada em 1906, pela Cia. Light, na época responsável pelo fornecimento de energia elétrica na cidade, sendo concluída em 1908, sua finalidade era, originalmente, atender às necessidades de produção de energia elétrica na Usina Hidrelétrica de Parnaíba. Em 1928, com o crescimento da região metropolitana de São Paulo, Guarapiranga passou a ser utilizada como reservatório para o abastecimento de água potável.

A construção da represa de Guarapiranga e, posteriormente, da Billings, foi decisiva para o desenvolvimento da região de Santo Amaro, até então um vilarejo autônomo na periferia da cidade. A partir dos anos 30, um crescente interesse pela ocupação das margens da represa, fez surgir loteamentos pioneiros que procuravam oferecer ao cidadão paulistano uma opção de lazer náutico. Daí o surgimento de bairros com nomes como Interlagos, Veleiros, Riviera Paulista e Rio Bonito.

- Postos de Salvamento 

Em julho de 1962 - O comando do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo, informava que seriam instalados dois postos de salvamento, muito em breve, visando proteger a vida daqueles que procuravam banhar-se nas águas das represas de Guaraniranga e Santo Amaro, onde, conforme era do conhecimento de todos, tinha se verificado uma série de graves acidentes. 

Esses dois postos deveriam contar com os mais modernos equipamentos, enquanto que os homens que fossem destacados para o serviço deveriam ser recrutados entre os 05 mais capazes, constituindo-se verdadeiros especialistas em salvamento de banhistas ou na retirada de cadaveres de águas profundas.

Segundo informações, cada um dos postos deveria ser dotado de um barco de alumínio com motor de popa e contaria com dois aparelhos de mergulho, identicos aos usados pelos "homens-ras", italianos durante a ultima guerra mundial. Incluia-se nesses equipamentos, um "ressuscitador", para recuperação de pessoas que tinham ingerido muita água, cordas, "pé-de-pato", ganchos e ainda outros aparelhos, alguns dos quais criados pelos próprios bombeiros. 

Por outro lado, cada guarnição deveria ser composta por um cabo ou um sargento, 3 soldados e um motorista, que trabalhariam pelo sistema de revezamento. Até o presente data, não se sabia quando seriam construidos os postos: o assunto dependia ao que se sabia da autorização do prefeito, que deveria conceder a licenca necessária.

O Serviço de Socorro e Salvamento de Náufragos da Represa do Guarapiranga, foi criado por força da Lei nº 7.153, de 15 de outubro de 1962, porém até os idos de 1970, este serviço atuava de forma precária com uma guarnição do 2º GBS com viatura e embarcação, que permaneciam de prontidão durante o dia próximo à represa do Guarapiranga, e como medida saneadora, no início dos anos 1970, foi alugado um imóvel, na Av. Atlântica, 3697, onde passou a operar um Destacamento do 2º GBS, com duas guarnições de Salvamento Aquático e uma viatura de Salvamento, lembrando que esta sede era do lado oposto da Av. Atlântica, que beirava a Represa. 

- SALVAMENTO AQUÁTICO GUARAPIRANGA 

LEI N. 7.153, DE 15 DE OUTUBRO DE 1962

Cria o Serviço de Socorro e Salvamento de Náufragos da Represa de Guarapiranga, em Santo Amaro

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO: 

Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei:

Artigo 1.º - Fica criado, subordinado à Secretaria da Segurança Pública, o Serviço de Socorro e Salvamento de Náufragos (S. S. S. N.) da Represa de Guarapiranga, em Santo Amaro, a ser constituido por oficiais e praças do Corpo de Bombeiros, da Fôrça Pública do Estado.

Artigo 2.º - O Serviço ora criado manterá, na Represa de Guarapiranga, pôsto de observação dotado de aparelhamento de rádio-comunicação com o pôsto central que, pelo mesmo sistema, manterá contacto com a Santa Casa de Misericórdia de Santo Amaro e com o Hospital das Clínicas. 

Parágrafo único - O posto de observação de que trata êste artigo será equipado com barcos velozes de socorro, e demais aparelhamentos necessários à perfeita execução dos trabalhos a que se destina. 

Artigo 3.º - A lei orçamentária do exercício em que sa der a instalação do Serviço referido no Artigo 1.º consignará dotações adequadas ao custeio das respectivas despesas.
Artigo 4.º - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação.

Palácio do Govêrno do Estado de São Paulo, aos 15 de outubro de 1962.

CARLOS ALBERTO A. DE CARVALHO PINTO

Virgílio Lopes da Silva

Publicada na Diretoria Geral da Secretaria de Estado dos Negócios do Govêrno, aos 16 de outubro de 1962. 

Fioravante Zampol, Diretor Geral

Graças a coragem, força de vontade e sobretudo, respeito a vida do semelhante demonstrado pelos idealizadores desta nobre atividade, o Corpo de Bombeiros é tido como um prestador de serviço com excelência nesta área.

                   "Jamais Serão Esquecidos"


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