"2ª 𝐂𝐎𝐌𝐏𝐀𝐍𝐇𝐈𝐀 𝐃𝐄 𝐁𝐎𝐌𝐁𝐄𝐈𝐑𝐎𝐒"
"2ª 𝐂𝐎𝐌𝐏𝐀𝐍𝐇𝐈𝐀 𝐃𝐄 𝐁𝐎𝐌𝐁𝐄𝐈𝐑𝐎𝐒"
1974 - Localizada próximo a Estação Rodoviária, com seus 206 homens era a que atendia o maior número de incêndios, cerca de 40 a 50 por cento de todos os chamados. Apesar de sua importância, cobrindo toda a área central da cidade a as zonas Norte e Oeste de São Paulo, continuava instalada em um prédio de dois andares, reformado em 1934.
Neste local apertado, abrigando o maior número de Bombeiros, estavam os homens que eram chamados para os maiores Incêndios e todos os acidentes nas principais rodovias, como a Dutra, Castelo Branco, Anhanguera e Raposo Tavares. Além de correrem para os incêndios em todas as indústrias da periferia.
Após a parada os bombeiros conferiam o material, colocavam as viaturas em funcionamento e depois, tanto os que estavam saindo como os que estavam entrando em serviço, faziam exercícios de vivacidade e adestramento. Depois os motoristas estudavam os melhores itinerários para chegarem, rapidamente, aos locais de sinistro.
A tarde era dedicada a Instrução da tropa, onde aprendiam a parte policial e a legislação. Ainda durante o dia haviam momentos para jogar futebol de salão, dama, dominó ou sinuca. Mas um grupo sempre estava completamente uniformizado, sendo que todos eram obrigados a dormirem preparados para uma emergência. A noite eram autorizados a tirarem somente a "perneira".
O refeitório da 2° Companhia era precariamente dividido em três partes. Uma área para os Oficiais, outra para os Sargentos e uma terceira para os Soldados. Ali, em pratos de alumínio, os Bombeiros almoçavam e jantavam. Quase sempre eram servidos arroz, feijão, salada e alguma proteína.
Nos dias de calor quase sempre o frango, as verduras e legumes chegavam estragados, mas isso não era nada segundo o Ten Renato, o pior era ter que guardar estes alimentos em uma geladeira velha que sempre vivia quebrada, além de aguentar um refeitório que molhava sempre em dias de chuva.
Assim eram as rotinas dos nossos heróis veteranos que mesmo com todas estas dificuldades na hora do perigo, eles esqueciam seus baixos salários, a má alimentação e a precariedade dos equipamentos, e os atos de bravura se repetiam na tentativa de salvar vidas.
"𝐉𝐀𝐌𝐀𝐈𝐒 𝐒𝐄𝐑Ã𝐎 𝐄𝐒𝐐𝐔𝐄𝐂𝐈𝐃𝐎𝐒"



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